Durante a Época de Micael, o ser humano desenvolve coragem para superar as energias negativas do mundo ao redor. Batalha essa representada pela luta cósmica entre Micael e o dragão. Já na Época do Advento, o ser humano se vale da dádiva recebida de Micael para lutar contra tudo aquilo que impede o nascimento de algo novo no sagrado espeço do coração.
Na Época do Advento, o ser humano é ameaçado por potências do mal que querem impedir o surgimento do Cristo em nossos corações. Trata-se de uma das épocas mais difíceis e dolorosas do ano porque tanto do ponto de vista histórico como dos eventos ocorridos na natureza, a vida é marcada por turbilhões emocionais que precedem o nascimento da grande entidade Solar. O ser humano reflete no íntimo o que ocorre no mundo externo para extirpar de si o egoísmo, a maldade e a preguiça. E enfrenta profundas transformações na alma para poder receber o amor de Cristo.
A Época do Advento é dividida em 4 períodos de 1 semana. Na 1ª semana, a ação tentadora dos males é dirigida principalmente ao corpo Físico. Na 2ª semana, ao corpo Etérico. Na 3ª semana, ao Astral e na 4ª semana, é voltada ao Eu humano.
No Físico, temos a natureza que, com o fim do inverno, se encontra seca. Mas aos poucos, vai dando lugar a nuvens e neblina e originando as primeiras chuvas. O horizonte já não é tão claro e as estrelas já não brilham tanto.
Resultado: natureza oculta, envolta em névoas.
No Etérico, temos o momento das chuvas. De leves no início passam a intensas no decorrer do tempo e trazem as tempestades. Um impulso etérico invade de maneira impetuosa toda a natureza, com inundações, rios mais caudalosos e correntes fortes.
No Astral, temos a luz. Neste período, massas de nuvens escuras cobrem a maior parte do céu anunciando tempestades em tom ameaçador. O azul celeste e os raios luminosos do Sol desaparecem e a região mais clara da paisagem é a terra, iluminada ao fundo por um céu cinza chumbo.
No Eu está o calor humano. No mesmo tom descritivo dos períodos anteriores, ondas de frio surgem repentinamente, derrubando a temperatura e fixando uma garoa. Como o ambiente nublado e quente, nossa consciência fica abafada e envolta pela frieza.
A renovação no fundo do coração não é dada de presente, mas conquistada através de uma luta interna contra todas as investidas da natureza exterior e interior.